sábado, 11 de outubro de 2008

Nada menos que o Ser

Quinta-feira, 9 de outubro, fui surpreendido por uma equipe do SBT fazendo reportagem para um daqueles estranhos programas vespertinos. A coisa até que foi organizada, a equipe permaneceu quase toda a aula na sala tentando manter a discrição. A aula foi dada conforme o previsto e não ocorreram maiores contratempos. Porém, após o sinal, houve uma rápida entrevista, e não é que logo na primeira pergunta a moça-repórter me tasca assim, à queima-roupa, “O que é ser professor ?”

Como assim ? Trata-se de uma pergunta gigante, seriam necessárias horas de reflexão para dar uma reposta minimamente aceitável. Surpreendido, disse qualquer bobagem sobre subir no palquinho, falar coisas e ser compreendido, enfim, desfiei algumas tolices sobre aquilo que de mais evidente existe na atividade de professor. Mas a pergunta me acompanhou pelo resto do dia. Com o tempo, foi saindo uma resposta um pouco mais elaborada que tento esboçar em seguida.

Ser professor significa, em primeiro lugar, compartilhar com os alunos um lugar chamado sala de aula e lá criar nada menos do que um espaço de sociabilidade. Por espaço de sociabilidade entendo um local de troca, única forma possível de se obter um conhecimento verdadeiro. Em outras palavras, a experiência de sala de aula tem como pré-requisito a interação entre o professor (que deve ser mais do que um mero enunciador do discurso verdadeiro) e os alunos (que não devem se limitar a ouvintes passivos). A interação, todavia, se faz a partir de dois pressupostos: em primeiro lugar a existência de um indivíduo chamado “professor” que, de fato, passou por mais experiências de vida ou simplesmente leu mais livros que os alunos. Nesse sentido, o professor continua sendo o referencial na sala de aula, porém sem menosprezar a vivência do aluno: há experiências que não foram vividas pelo professor, há livros que não foram lidos. Em segundo lugar, a rejeição às fórmulas simples do “debate entre alunos”, que muitas vezes resultam em uma avalanche de achismos e na mera expressão desencontrada de obviedades.

Como proceder ? O espaço de sociabilidade começa a existir a partir do momento em que o professor se apresenta como uma personalidade (inventada ou não), ou seja, um indivíduo como os outros, dotado de dúvidas, angústias e incertezas. Isso abre espaço para um verdadeiro jogo de espelhos, uma vez que o aluno também tem os mesmos medos: entra em cena a dessacralização da figura do "mestre". Enxergar o professor como uma personalidade implica tornar possível identificação (ou rejeição) com essa figura, transformando o estudo, que deixa de ser a análise de objetos distantes e passa a ser uma análise de questões que envolvem a própria subjetividade do aluno e a sua constituição. O conteúdo das “ciências humanas” facilita essa prática ao abordar, mais cedo ou mais tarde, questões que remetem às paixões humanas.

Dessa forma, ser professor é apresentar essas questões, “levantar a bola”, aproveitando do espaço de sociabilidade criado para que as interações possíveis rendam frutos e levem a reflexão para diante. E aqui surge um aspecto decisivo do tal espaço: nos interstícios da relação professor-aluno, aquilo que foi sugerido na sala de aula é expandido. Nos encontros (fortuitos ou planejados), nos corredores, em outras atividades ou mesmo no blog, a aula prossegue, sob a forma de uma reflexão viva. Mas, sobretudo, a aula prossegue nas conversas entre os alunos, não sob a forma ao mesmo tempo desencontrada e cronometrada dos afamados “debates" de sala de aula, mas em suas vidas sociais, nos seus encontros, nas suas famílias. Nesse sentido, ser professor é ser um provocador.

A última pergunta da repórter foi, “Qual sua maior satisfação ?”. Por pouco não caí na armadilha, respondendo o óbvio: “a aprovação nos vestibulares bla bla bla”... conversa fiada, minha maior satisfação tem pouco a ver com isso. Balbuciei algo a respeito do aluno dizer “valeu” ao final do curso, com ou sem aprovação no vestibular. Porém, pensando mais no assunto, não tenho dúvida em dizer que a maior satisfação está em chegar em casa depois de uma manhã de aula, sentar na poltrona vermelha da sala e recordar o que aconteceu durante o dia. Nesse momento, fico imaginando se as pessoas estarão refletindo no que foi dito, nas coisas que aconteceram, nas bolas que foram levantadas. Fico imaginando até que ponto as pessoas mudaram, ou se sentiram melhores (ou piores) ou “mais sábias” depois da aula. Ou ainda, fico pensando até que ponto aquilo que aconteceu durante a aula ajudou cada aluno a avançar um pouquinho mais na direção do conhecimento daquilo que cada um de nós vagamente chama de “eu”. Diante dessas possibilidades, passar ou não no vestibular torna-se algo efêmero: quem não passa neste ano passa no próximo, quem não entra nesta faculdade, entra na outra; e daqui a 20 anos, tudo isso não fará tanta diferença assim. Mas se daqui a 20 anos a reflexão proposta ou a mudança despertada ainda fizer parte das pessoas, o troço todo valeu a pena. Para mim e para os alunos, pois fizemos de uma parte da vida uma experiência rica, de troca social e busca de conhecimento. O estudo para o vestibular acabou se transformando em uma mera desculpa para uma atividade que tem como horizonte o conhecimento de si mesmo.

(Vou além: se as pessoas que passam diante de nossa vida levam alguma coisa de nós e, de alguma forma, passamos a fazer parte de suas vidas - seja no jeito como elas são, ou na sua memória -, e se isso for passado ainda para outras pessoas, e depois outras, e com o passar do tempo ainda outras, acabamos por ganhar nada menos que a imortalidade. Dessa forma, o maior medo ancestral é superado, e um dia aprendemos a lidar com a morte, serenamente).

Em outras palavras, ser professor é uma forma que encontrei de levar a vida do jeito que ela deve ser vivida. A construção da personalidade que transporto para o palquinho (com tudo que tem de verdadeiro e de invenção) significa um questionamento constante sobre o meu próprio eu, principalmente porque essa construção nunca é feita a priori, mas vai surgindo ao sabor das aulas e da interação com as pessoas. Ser professor talvez seja exorcizar os medos mais íntimos.

E o que há de verdadeiro ou falso no texto acima vai do gosto do freguês.

.......................................

Na foto, Parmênides de Eléia, o primeiro a abordar a questão do Ser
.......................................

20 comentários:

igm disse...

Gian, fiz Anglo Tamandaré (humanas) ano passado e tive a oportunidade de assistir suas aulas. E, confesso, sou frequentadora assídua do seu blog!...
A reflexão sobre o Ser me comoveu bastante (a ponto de me expressar aqui...), principalmente porque 'casou' com muitas das reflexões que tenho feito nessa minha [nova] vida acadêmica.
Estou no IFCH, na UNICAMP, cursando Sociais e só agora, compreendo o quão efêmero é o vestibular (coisa que eu não conseguia entender de jeito algum durante minha vida no Anglo!)...
E mais, acho muito importante te dizer que, de todas as suas aulas de História Geral, o que mais me marcou foi o seu convite à reflexão.
Um convite que me mostrou um lado desconhecido, que não tinha consciência (dentro de mim) até então...
Um lado que hoje me traz às Ciências Socais, e felizmente, me levou ao encontro profissional (e individual, acima de tdo) que sempre objetivei, mas não tinha explorado ainda.

Enfim.
Só queria te mostrar que, mesmo sem vc saber, ás vezes, suas reflexões influenciam tanto os alunos, que até indicam caminhos a seguir...

Comigo foi assim. Ainda bem!

Unknown disse...

Muito mais q todas as outras, as suas aulas Gian são realmente um convite irrecusável para a reflexão! É um estímulo contra um comodismo e aquela consciência q surge de querer "ser-no-mundo" (ou se possível, muito mais q isso). Costumo brincar com minhas amigas de Anglo q faço todas as provas de história com vc me contando as respostas, de tão nítida pra mim q é a sua imagem na sala de aula explicando a matéria, mas depois de ler seu texto e parando pra pensar, vi q vai mto além disso. As suas aulas/propostas me acompanham na padaria, nas caminhadas, dirigindo, antes de dormir, nas conversas em casa enfim em todos os lugares.....e confesso q é um deleite me sentir um pouquinho "mais sábia" (ou, as vezes, um pouquinho mal) por refletir sobre tais assuntos muitas vezes inéditos pra mim....
Enfim este comentário é apenas uma tentativa de demonstrar a minha admiração pelo profissional q vc é. Espero um dia, independentemente da carreira q seguirei, poder contribuir com a sua imortalidade e "levar a vida do jeito que ela deve ser vivida" da msm forma engajada q vc faz!
Obrigada por tudo Giannnn!!!!

Ps: será q vc sabe qnd e horas q vai passar sua entrevista? rs

Unknown disse...

Gian,
Lendo o seu texto eu lembrei de algumas teorias que aprendi, bem superficialmente, no teatro e que me remeteram a esse ano de cursinho.
A minha professora dizia que os anos de vida de uma pessoa são simbólicos. Aos 18, especificamente, o corpo físico une-se à alma e o indivíduo consolida a sua existência no mundo.
Curiosamente, tive bastante essa sensação de que, mesmo "nadando em àguas paradas", eu aprendi e admti mais sobre mim.
Tanto que, o meu tempo psicológio ficou louco: a pessoa de um mês atrás me parece ser de séculos. Acho que a evolução que consigo em uma semana é tão que significativa que torna-se até inacreditável.
Me identifiquei com você e com outros professores sem me envolver em qualquer tipo de relação pessoal considerável, afinal, nem sei quantos você tem (e isso não é uma pergunta que se faça a uma lady, eu sei!) ao mesmo tempo em que minha individualidade, sonhos e vontades foram potencializados.
Não sei se a antroposofia é profética ou apenas uma "filosofia do reggae" - seja lá o que signifique isso - mas esse ano foi claramente essencial para que eu desse um passo que ultrapassa VIVAMENTE o vestibular.
Tentei ser sintética...

Vinicius disse...

A transcendência de uma sala de aula, uma viagem para o Centro Histórico, não há como não cair no lugar comum de dizer que tudo isso vai além, num verdadeiro passeio pelo passado. Não apenas na época e nos grandes fatos marcados anais da história, passaer como se verdadeiramente aquilo tivesse feito parte de nós.
Sendo professor, ou sendo aluno os questinomentos jogados nunca parar de ecoar nitidamente em nossas cabeças passe qto tempo for.
Não é facil dizer sobre oque esse ano significou e a pessoa que sou agora em relação aquela que um dia, em fevereiro, entrou numa sala de poltronas azuis num clima colegial. As coisas não são mais a s mesmas e continuarão mudando, mas um "valeu", mesmo antes do fim do ano, é uma pequena e frágil com que consigo me expressar. Esse ano passa em minha cabeça, extremamente rápido em não consigo colocá-lo em palavras (vê-se pela confusão que está nesse comentário).
As palavras jogadas foram convites e mais do que nunca quero participar.
Valeu

Mariana Teresa disse...

O que seria um comentário, virou um texto (gigante por sinal).
Se tiver paciência para ler...Tá lá, perto da minha lua.

Beijo

Unknown disse...

Gian,
tenho que dizer que este ano tem sido uma fase essencial na minha vida, a partir do momento em que paro pra pensar que não foi somente um ano de preparo para o vestibular, mas sim uma lição de vida, que não se limita à sala de aula, mas se espalha nas relações sociais de cada ser presente naquele espaço.
Tenho que dizer também que suas aulas não se limitam apenas à enunciação de discursos verdadeiros, mas sim a um convite para uma reflexão sobre tudo que foi dito, e consequentemente, uma provocação para um maior interesse sobre as coisas.
Venho por este comentário somente com o objetivo de comprovar o seu discurso e agradecer por essa troca que fizemos, a forma que eu descobri de realmente obter um conhecimento verdadeiro, e de realmente acreditar que vale a pena, ou melhor, que tenho sorte de ser mais uma que contribuiu com sua imortalidade.
Obrigada Gian.

Gian disse...

Uma das coisas legais dos comentários é que não sei quem os escreve, o que me faz lembrar aquela história do “Aluno Desconhecido” (post de 21 de setembro). Imagino que uma sigla anônima fale por todos.

É bom saber que as reflexões propostas, uma vez desenvolvidas, indicam caminhos. Era bem essa a idéia. E adorei a parte do “suas aulas me acompanham na padaria”.

Só queria fazer um comentário sobre a palavra imortalidade: que não se conclua do que foi escrito algo do tipo “Gian é imortal”, mas que se pense em algo do tipo:“a imortalidade é um atributo do ser”. Na verdade, o parênteses sobre imortalidade que abri no texto é o mais problemático: provocou as maiores reações e eu não tenho lá muito onde me sustentar. Seja como for, deixo o que escrevi, mas acrescento um adendo: se imagino que algo de mim vai ficar nos outros, certamente há muito dos outros em mim. Disso resulta a fragilidade das bases sobre as quais constituímos o “eu”.

Mari escreveu em seu blog, e seu texto de 11 de outubro soa como uma reflexão sobre o Ser do aluno. Vale uma leitura: http://lumine-et-obscuritate.blogspot.com/

Sentir disse...

Vc acaba refletindo mais quem eh do que se descobrindo. Pelo menos, é o q sinto.

Unknown disse...

Ói. Gian, saiba que alguns de seus alunos (eu e os que conheço, dos que não conheço nada direi) refletem verdadeiramente sobre as bolas levantadas nas aulas, indo muito além do vestibular. Quando você se sentar na poltrona vermelha da sala esteja certo de que, sim, há quem esteja discutindo questões essenciais ao/do 'eu' e quem leve consigo para casa uma parte de você e a transmita para outros. Saiba também que as suas aulas e o contato com o seu ser (por mais distante que possa parecer) provocaram em mim mudanças que chegaram para ficar; sairei do cursinho diferente de como entrei, melhor e mais completo, e você tem sua parte nisso. Do que depender de mim, um pedaço da sua essência e dos outros professores, que já habita o meu ser, será passada para a frente, assim como já o faço involuntariamente. Uma última coisa, fiquei pensando no trecho "levar a vida do jeito que ela deve ser vivida", e não consigo imaginar que possa haver um jeito pelo qual se deva viver a vida; ainda estou refletindo sobre isso, mas como não sei exatamente o que é a vida, sei menos ainda se existe um jeito devido de vivê-la. Parabéns pelo seu trabalho e por sua dedicação extra.

myho disse...

Quantas vezes desci no ponto de ônibus errado, quantas vezes passei reto por pessoas conhecidas, quantas vezes deixei de fazer exercícios de química... Muitas, são muitas as vezes que vou carregando além dos livros o tema que a sua aula propôs.
Sua aula processa a desalienação do ser como convite ao questionamento. É um escape para a nossa vida mecanizada pelo óbvio.
Obrigada por ser professor, Gian.

O Editor disse...

gian, um primo meu quer ser professor, e ele se deparou com uma questão cuja resposta pareço ter finalmente encontrado pra ele!
o andré sempre hesitou em acabar virando um "professor de cursinho", entre outras coisas por causa daquela visão estereotipada de q no cursinho os alunos tomam o conhecimento como algo meramente utilitario, uma ferramenta pra se passar no vestibular...
mas o seu texto me fez lembrar das inumeras vezes em q eu só tomei um verdadeiro gosto pela matéria de estudo justamente no anglo! sobretudo pela forma "provocadora", como vc mesmo disse, com q vcs ensinam e q verdadeiramente incita e provoca interesse na gente.
vou passar o texto pra ele!

Gian disse...

"Um primo meu" ??? *desabafo!*

Na verdade, acho legal que esse texto sirva pra desmontar aquela imagem besta de cursinho. Aquela coisa de que no cursinho a gente ensina "truques" para acertar testes ou canta musiquinhas pra decorar sei lá o quê.

Enfim, obrigado por divulgar o blog.

Unknown disse...

A padaria costumava ser um ótimo local para as reflexões, pena q agora ela anda meio mal frequentada! hehehehehehehe

Unknown disse...

Gian!
Seu blog inteiro está magnífico, mas esse texto foi o que mais me chamou a atenção, não pude deixar de comentar...

principalmente agora no fim do ano,(inclusive a sua aula foi a ultima) bate uma tristezinha e faz a gente olhar pra trás e ver tudo o que passou.. realmente vc está certo, passar no vestiba seria ótmo, mas independente do resultado, estou levando um novo universo de conhecimento e um novo modo de olhar a vida talvez. Com certeza valeu a pena!

Sim, após cada aula sua(sensacional, por sinal) eu me sinto um pouco mais sabia e certamente não vou me esquecer delas!

Bju mmmmmmmm :)

Léo disse...

Oi Gian !fiz o curso de biomédicas esse ano com vc,acabei só conhecendo seu blog agora mas já o achei mto interessante! sobre o tema achei legal essa sua visão sobre o que é ser professor,em certo ponto vc diz:
"...passam diante de nossa vida levam alguma coisa de nós e, de alguma forma, passamos a fazer parte de suas vidas " nesse ponto eu diria que isso ñ só ocorre no ambiente da sala de aula tampouco só na relação aluno professor...como assim?
pensa comigo...embora tenha citado Parmenides eu chamerei seu pior inimigo para tentar mostrar minha visão...Heráclito diria que não existe o "ser",ao menos aquele ser eterno e imutável de parmenides , haráclito diria que a realidade é o eterno vir-a-ser ,nada é fixo nem eterno, se nada é imutável o homem certamente é o ser mais suscetível às mudanças, aliás como iria dizer Sartre essa é a nossa condenação(e dádiva),consequencia do nosso livre-arbitrio, portanto quanto a possibilidade de ter tornado mais sábios os seus alunos, não tenha dúvida vc certamente o fez...não ha ocasião que seja tão infertil a ponto de ñ podermos aprender algo além do que já está escrito,ou melhor,não há algo tão absoluto e imanente ao ponto de não podemos tirar de lá uma subjetivação.Como dizia não acredito que isso que voce propoe e busca em suas aulas seja algo idiossincrático,na interação inter-pessoal e diria até mesmo na interação entre espécies diferentes podem haver transformações basta estar maduro/consciente o suficiente para tanto. Sócrates , que ao meu ver foi o maior educador de toda a historia nos mostrou mela sua Maiêutica ue não basta ao mestre mostrar o caminho para que o discipulo saia da Caverna , o mestre deve fazer o parto de verdades cuja mãe é a pessoa mesma.
A propósito, Gian...Valeu!


"Não cruzarás o mesmo rio duas vezes, porque, ao entrar pela segunda vez, não serão as mesmas águas que estarão lá, e a pessoa mesma já será diferente" - Heráclito de Éfeso

Gian disse...

Não tenho a mínima dúvida de que isso não ocore só na sala de aula. E mesmo em aula, temos que levar em consideração que ocorre nos dois sentidos entre professor-aluno. (Sempre levo um bocado de vcs ao final de cada ano).

Quanto ao Parmênides, ele serviu como ilustração, simplesmente porque abordei a questão do ser. Citá-lo não implica em aceitação rígida do que ele disse, mesmo porque "aceitação rígida" de algo que foi escrito 2500 anos atrás, em textos altamente metafóricos e dos quais só conhecemos fragmentos, é sempre algo meio arriscado.

Nahla Ibrahim Barbosa disse...

Gian!
Por favor não abandone seu blog!
eu adoro! e estou sempre lendo!
Feliz 2009, mesmo vc sendo contra a comemorações com data marcada!
beijos..

Unknown disse...

Não sei direito o que dizer.

Muito bom.

Só sei que tinha de comentar esse texto.

E dizer mais uma coisa:

Valeu Gian. .o/

Ass: Aluno desconhecido de Humanas 2010

Cold Heart disse...

"E o que há de verdadeiro ou falso no texto acima vai do gosto do freguês."

Ai, que final danado.

Gian disse...

E quem disse que é o final ?